ONDE DORMEM AS BORBOLETAS?

 









O café, o adoçante,
duas gotas,
as comparo ao malogro de lágrimas.
[sempre]
acendo a lâmpada,
fecho as janelas,
resguardo a sobra do pão,
abandono o vento lá fora.
[O vento e a escuridão]
É noite.
Onde as borboletas dormem?
Abriria uma garrafa de vinho,
tornaria ao exercício
de rasurar excessos, mesmices,
rasgar enredos sem brilhos.
Mas, não tenho vinho,
o fumo foi há vinte quatro anos,
quase não ouço música.
Penso uma revolução que levasse
a mediocridade à forca.

Edmir Carvalho Bezerra
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